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O que devo ter em conta antes de comprar ladrilhos de cerâmica?

CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A ESCOLHA DE UM REVESTIMENTO CERÂMICO

Antes de adquirir qualquer produto, a nossa recomendação é efetuar uma análise ou estudo do produto para servir de base de conhecimento e, em última análise, evitar erros na escolha e problemas posteriores com o material já instalado. A cerâmica é um material muito diversificado e as possibilidades que existem no mercado são muito amplas. Eis as primeiras noções que deve ter em conta antes de comprar um revestimento cerâmico.

Onde é que o vou colocar?

Esta é a primeira pergunta a fazer e o ponto de partida. Com base nela, serão determinadas todas as características que os ladrilhos devem ter para fazer a escolha correcta.

Terá de ter em conta se se destina a ser utilizado no interior ou no exterior, e se é para pavimentos (pavimentação) ou paredes (revestimento).

Será objeto de um tráfego intenso ou estará sujeito a um desgaste normal?

Devemos ter em conta se o revestimento cerâmico, devido à sua localização, vai estar sujeito a um tráfego pedonal constante, a um tráfego intenso, ao desgaste de calçado áspero ou exposto a possíveis manchas. Todos estes aspectos devem ser estudados para determinar os requisitos mínimos a cumprir em termos de riscos, abrasão, deslizamento, etc.

Que propriedades ou características deve ter o revestimento cerâmico?

De um modo geral, existem 4 propriedades fundamentais a que deve estar atento num revestimento cerâmico:

1. ABSORÇÃO DE ÁGUA

A primeira e mais importante é a absorção de água. É, juntamente com a cor da matéria-prima, a qualidade que dá o nome aos ladrilhos de cerâmica. Além disso, propriedades como a resistência ao gelo também dependem diretamente dela. São conhecidos pelos seguintes nomes:

PORCELANAIN STONEWARE: Ab < 0.5 - Paredes e pavimentos interiores e exteriores

PEDRA ESPESSA: 0,5 ≥ Ab > 3 - Paredes e pavimentos interiores e exteriores

PEDRA DE ARGAMASSA: 3 ≥ Ab > 6 - Paredes e pavimentos interiores

AROFURADO: 6 ≥ Ab > 15 - Paredes e pavimentos interiores e exteriores (não resistente ao gelo)

AZULEJOS: Ab ≥ 10 - Paredes interiores

2. ANTI-QUENTE

É essencial saber se o azulejo a colocar será ou não resistente ao gelo. Esta propriedade é necessária para a instalação no exterior.

Para determinar esta caraterística, segue-se a norma anti-gelo ISO 10545-12, que consiste em submeter uma amostra 100 vezes a variações de temperatura entre -5ºC e +5ºC, previamente imersa em água. Se não apresentarem qualquer dano, considera-se que são "à prova de gelo".

3. RESISTÊNCIA AO DESLIZAMENTO

Esta é uma caraterística exclusiva dos pavimentos e responde à capacidade antiderrapante dos ladrilhos cerâmicos..

Existem 3 classes de resistência ao deslizamento (Rd) determinadas pelas normas:

  • Rd ≤ 15 Classe0
  • 15 < Rd ≤ 35 Classe 1
  • 35 < Rd ≤ 45 Classe 2
  • Rd > 45 Classe 3

Ver as classes mínimas exigidas para os solos em função da sua localização.

Áreas interiores secas:

  • Superfícies com um declive inferior a 6% - Classe 1
  • Superfícies com um declive igual ou superior a 6% e escadas - Classe 2

Zonas húmidas interiores, como entradas de edifícios, terraços cobertos, balneários, duches, cozinhas, etc.,…

  • Superfícies com um declive inferior a 6% - Classe 2
  • Superfícies com um declive igual ou superior a 6% e escadas - Classe 3

Zonas interiores onde, para além da água, podem existir agentes (gorduras, lubrificantes), tais como cozinhas industriais, matadouros, utilização industrial,... - Classe 3

Zonas exteriores. Piscinas e chuveiros (zonas destinadas a utilizadores descalços e no fundo da piscina quando a profundidade não for superior a 1,5 m) - Classe 3

4. RESISTÊNCIA AO DESGASTE, ABRASÃO E DUREZA SUPERFICIAL

Resistência ao desgaste e à abrasão: é o método que mede a capacidade de ocultar o desgaste abrasivo, como o provocado pelo calçado.

São estabelecidos cinco níveis:

  • Nível 1 - Baixo
  • Nível 2 - Médio
  • Nível 3 - Médio Alto
  • Nível 4 - Alto
  • Nível 5 - Muito Alto

Dureza ou resistência aos riscos: Para determinar a dureza ou resistência aos riscos, a superfície é testada riscando-a com os 10 materiais da escala de Mohs, por ordem crescente. O mínimo exigido para o revestimento é Mohs 3 e para o pavimento é Mohs 5.

Outros aspectos a ter em conta nos revestimentos cerâmicos

TIPOS DE GRES SEGÚN MATERIA PRIMA

As suas diferenças advêm principalmente das argilas utilizadas, da sua cor de origem e do seu tratamento, conferindo as características próprias de cada material. Se tiver dúvidas sobre qual é o mais recomendável, não hesite em contactar-nos..

  • Pasta vermelha. É o grés mais difundido e económico. O seu nome deriva da argila que o compõe, de cor avermelhada. Uma camada de esmaltes coloridos é aplicada sobre a base de argila para dar à peça a sua aparência.
  • Pasta branca. O seu nome deriva também das argilas que a compõem, neste caso esbranquiçadas. Recomendada tanto para interiores como para exteriores, pode ou não ter uma camada de esmalte, como um azulejo rústico extrudido.
  • Grés porcelânico. É composto pelo mesmo tipo de argilas e arenitos no seu conjunto, mas com maior prensagem, o que lhe confere a maior resistência do mercado.

TELHA RECTIFICADA

O ladrilho cerâmico normal tem arestas arredondadas, o que obriga à utilização de juntas de assentamento, mas o ladrilho rectificado é cortado por meio de um jato de água sob pressão sobre a peça em bruto, obtendo-se ladrilhos cujas arestas têm uma secção transversal perfeita.

A colocação destas peças faz com que o espaço entre os ladrilhos seja insignificante. Mesmo assim, recomendamos sempre uma junta mínima que absorva as dilatações e contracções que todos os materiais sofrem devido às variações de temperatura.

GRÉS ESPESSADO

Não tem as mesmas características que o grés porcelânico, mas apresenta as seguintes vantagens que permitem a sua utilização no exterior:

  • Absorção mínima de água
  • Elevada resistência à carga de rutura
  • Elevada resistência aos riscos e à abrasão
  • Resistência ao gelo e ao choque térmico

O QUE É O PASSO E O CALIBRE?

Devido às características do próprio material cerâmico, ao seu processamento por métodos químicos e de cozedura, é praticamente impossível que duas produções diferentes do mesmo modelo sejam 100% exactas.

É por isso que o mesmo modelo, para diferentes lotes de produção, pode sair em tons e tamanhos diferentes, entendendo-se por tom a aparência ou a imagem do produto e por tamanho a espessura da peça.

A nossa recomendação é comprar conjuntos completos com produto suficiente para a instalação e, no caso de comprar o mesmo modelo em ocasiões diferentes, pedir sempre o tom e o calibre..

VARIAÇÃO TONAL OU DESAFINAÇÃO

A variação tonal não deve ser confundida com o tom e/ou o calibre.

Por variação tonal entendemos a desafinação intencional devido ao desenho das peças e do modelo.

A título de exemplo, eis várias possibilidades que podem ser encontradas, com maior ou menor grau de variação tonal.

Variação tonal muito ligeira
Variação tonal ligeira
Variação tonal média
Forte variação tonal

PEÇAS DE CERÂMICA

Existe uma grande variedade de peças especiais.

A título de exemplo, as mais comuns relacionadas com os degraus são as seguintes:

Tipos de peças cerâmicas

Otimizar os resultados com os seguintes conhecimentos

Depois de ter escolhido o produto que melhor se adapta às suas necessidades, tanto físicas como estéticas, deve saber que pode ainda melhorar a sua compra, optimizando os custos em artigos complementares, bem como no desempenho do próprio revestimento cerâmico, instalando-o corretamente.

De que quantidade de material necessito?

Medir o m2 da divisão. Se tiver limites fora de esquadro ou diagonais, recomendamos que calcule as medidas máximas para evitar faltas de material à última hora.

É importante acrescentar entre 10% e 15% ao m2 obtido para permitir a quebra e o desperdício de algumas peças e cortes para acomodar os lados imperfeitos das paredes..

Que argamassas são adequadas?

Atualmente, existe uma infinidade de marcas no mercado e uma grande diversidade de argamassas. A nossa recomendação é que nos consulte em caso de dúvida sobre a escolha correcta do cimento e, para isso, na secção de Argamassas, Cimentos e Agregados, oferecemos-lhe uma ampla gama de cimentos cola específicos para cada uma das possibilidades de revestimentos cerâmicos, as suas características e o ambiente em que serão colocados. Em cada um dos artigos poderá obter o seu guia de uso e aplicação, onde encontrará detalhes de todos os produtos e sistemas de assentamento.

Como é que coloco as peças corretamente?

Em primeiro lugar, devemos avaliar o estado do suporte sobre o qual vamos colocar os ladrilhos cerâmicos; verificar se é resistente, se está limpo, se tem a planura correcta, se é suficientemente absorvente e rugoso e se é estável. De seguida, preparar a argamassa e aplicá-la; A) numa camada fina (para suportes com boa planicidade) com uma talocha dentada ou B) numa camada espessa (má planicidade do suporte) com uma talocha ou espátula. Os cimentos cola não devem ser utilizados em camada espessa, pelo que é necessário preparar previamente o suporte para os poder utilizar.

Para uma execução correcta, recomendamos a utilização de sistemas de nivelamento cerâmicos que asseguram o nivelamento de algumas peças em relação a outras após o endurecimento do cimento cola.

Finalmente, após 24-48 horas, o rejuntamento será efectuado com uma argamassa de rejuntamento ou argamassa especial para juntas que também encontrará no nosso site.

Instalação e manutenção correctas de revestimentos de paredes e pavimentos e de pavimentos

ARRANJOS INTERIORES

  1. É essencial que, antes do início da colocação dos ladrilhos, o suporte tenha amadurecido e esteja perfeitamente seco e endurecido (todas as retracções devidas ao assentamento tenham ocorrido), de modo a evitar o aparecimento de patologias como levantamentos ou fissuras resultantes da falta de estabilidade. 
  2. Antes da instalação, verifique a qualidade, o tom e o tamanho, bem como a ausência de defeitos visíveis no material. Para obter um melhor efeito decorativo, devem misturar-se peças de várias caixas. Manusear o material com cuidado para evitar que as bordas dos ladrilhos fiquem embotadas ou lascadas.. 
  3. Em caso algum os ladrilhos devem ser molhados ou imersos em água antes da colocação, nem devem ser colocados com argamassa tradicional (camada espessa). Colocar os ladrilhos numa camada fina, utilizando uma talocha dentada e cimentos adesivos de, pelo menos, tipo C1 (norma EN 12.004). Para formatos grandes (um lado com mais de 40 cm), utilizar o método de colagem dupla. Respeitar escrupulosamente os requisitos do fabricante do cimento cola: método, tempo e proporção de água na mistura, tempo de colocação em aberto, etc.. 
  4. É necessária a utilização de juntas azulejo a azulejo de, pelo menos, 1,5 mm. Assegurar-se de que o material de ligação está completamente endurecido antes de proceder à betumação. Preencher esta junta com material de betumação específico para evitar possíveis fugas. Não utilizar argamassa, betume ou qualquer tipo de betume à base de cimento.. 
  5. No caso de pretender efetuar uma instalação bloqueada, nunca o faça a mais de 15% do lado mais comprido da peça (por exemplo, para fechos de formato 12,8 x 65, não bloqueie mais de 15%, cerca de 10 cm). 
  6. Se forem efectuados trabalhos de construção adicionais, o pavimento deve ser protegido para evitar arranhões com objectos abrasivos.  
  7. Após a colocação e o rejuntamento dos ladrilhos, remover os restos de material de colagem ou de rejuntamento com um material específico para a limpeza de restos de obra (desincrustante ou removedor de cimento), respeitando rigorosamente os requisitos de utilização e as concentrações indicadas pelo fabricante do produto. Em qualquer caso, recomendamos que, antes de utilizar qualquer produto químico, teste os seus efeitos numa zona discreta do azulejo. 
  8. Para a limpeza diária dos ladrilhos, utilizar apenas água morna e um detergente doméstico ou amoníaco diluído. Não utilizar produtos agressivos ou que contenham ácidos, nomeadamente ácido salfúrico ou ácido fluorídrico.

MONTAGEM E MANUTENÇÃO DE PEÇAS ESPECIAIS

No nosso catálogo, temos peças especiais que não são feitas de material cerâmico, podem ser feitas de mármore, vidro, metal, resina, etc. É necessário prestar especial atenção às instruções de instalação e limpeza incluídas nas caixas de cada uma destas referências. Especialmente neste tipo de peças, não utilizar materiais agressivos para a limpeza (esfregões abrasivos, salfumão ou produtos de limpeza de base ácida).

Tabela de assentamento e manutenção de peças especiais

INSTALAÇÃO NO EXTERIOR

A instalação no exterior é particularmente crítica, pelo que, para além dos requisitos gerais de instalação, é essencial seguir os requisitos específicos para a instalação no exterior. No caso de a instalação de azulejos ser efectuada numa ZONA COM RISCO DE CONGELAMENTO, instale apenas AZULEJOS DE PORCELANATO, nunca instale grés ou azulejos de corpo vermelho ou branco. Em qualquer caso, devem ser respeitados os seguintes requisitos de instalação de azulejos. 

  1. Ao assentar em pavimentos, é necessária uma inclinação mínima de 2% para facilitar o escoamento da água. É igualmente necessário colocar uma camada de drenagem e de escoamento por baixo dos ladrilhos. 
  2. Utilizar cola para ladrilhos do tipo C2 (de acordo com a norma EN 12.004). Colocar os ladrilhos utilizando o método de colagem dupla, pressionando corretamente para evitar a criação de espaços vazios por baixo dos ladrilhos.  
  3. Utilizar uma junta mínima de 5 mm entre azulejos. Utilizar um material de betumação específico para exteriores (tipo CG2 de acordo com a norma EN 12.004).  
  4. Respeitar as juntas estruturais e perimetrais. Instalar juntas de dilatação a cada 10-20 m2.  
  5. Prestar especial atenção às juntas entre o ladrilho e outros elementos, tais como colunas, muros, gradeamentos, etc., colocando as juntas necessárias para evitar a infiltração de água.

COLOCAÇÃO DE TRITURADORES

Embora os requisitos de instalação de azulejos sejam os mesmos que para qualquer tipo de azulejo, os materiais rectificados são particularmente delicados, especialmente nos cantos e bordos dos azulejos, pelo que a instalação deste tipo de azulejo é especialmente crítica e, para além dos requisitos gerais de instalação, deve ser dada especial atenção ao seguinte: 

  1. A planura do suporte é extremamente importante. A superfície sobre a qual os ladrilhos vão ser colocados deve ser previamente betonada (nivelada). 
  2. Manusear o material com cuidado para evitar que as arestas dos ladrilhos fiquem embotadas ou lascadas.  
  3. Não mergulhar os ladrilhos em água, pois os ladrilhos podem mudar a sua planura depois de molhados. A colocação de ladrilhos de espessura fina deve ser efectuada com cimento (tipo C1 para interiores e tipo C2 para exteriores - de acordo com a norma EN 12.004). 
  4. Utilizar sempre uma junta mínima de 1,5 mm entre azulejos. 
  5. Caso pretenda utilizar uma instalação de azulejo de bloqueio, nunca a instale a mais de 15% do comprimento do azulejo.
Assentamento de ladrilhos rectificados